Retinopatia Diabética

diabetes é uma doença complexa e progressiva que afeta os vasos sanguíneos do olho. Um material anormal é depositado nas paredes dos vasos sanguíneos da retina, região conhecida como “fundo de olho”, causando estreitamento e às vezes bloqueio do vaso sanguíneo, além de enfraquecimento da sua parede – o que ocasiona deformidades conhecidas como micro-aneurismas. Estes micro-aneurismas frequentemente rompem ou extravasam sangue causando hemorragia e infiltração de gordura na retina.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 150 milhões de pessoas são portadoras de Diabetes Melito. A doença é a causa mais freqüente de cegueira nas populações ativas em países industrializados, correspondendo a 30% dos pacientes cegos.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da retinopatia diabética são o tempo de doença e o descontrole da glicemia. O acompanhamento clínico com endocrinologista e consultas periódicas com o oftalmologista são fundamentais para a prevenção das formas graves da doença. O diagnóstico e o tratamento precoce das alterações retinianas podem evitar a evolução para perda visual.

O diagnóstico da retinopatia diabética é feito através do exame de fundoscopia ou mapeamento de retina, que deve ser realizado regularmente em portadores de diabetes. Outros exames, como a angiografia fluorescente delimitam com mais precisão a extensão e nível do dano tecidual na retina.

Existem duas formas clínicas da doença: a forma não proliferativa, mais inicial; e a forma proliferativa, evolução mais grave, caracterizada pelo desenvolvimento de neovasos.

O tratamento da retinopatia diabética envolve o controle glicêmico, sendo também importante o controle pressórico e do perfil lipídico. Conforme o grau da lesão retiniana podemos realizar o tratamento com fotocoagulação a laser, e em casos mais avançados, a cirurgia pode ser necessária.

A fotocoagulação a laser é o tratamento padrão para a retinopatia diabética, podendo reduzir o risco de perda visual. Atua destruindo as áreas doentes da retina, diminuindo assim o estímulo para a progressão da lesão.

DMRI

Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma condição frequentemente relacionada ao envelhecimento, de causa desconhecida, na qual ocorre crescimento anormal dos vasos sanguíneos sob a retina. O resultado é a baixa súbita ou progressiva da visão central. Essa doença é comum em pacientes com mais de 55 anos. Chega a atingir, em todas as suas formas, mais de 25% dos pacientes acima de 75 anos e a falta de tratamento adequado pode levar à cegueira.

Os principais fatores de risco para a doença são idade avançada e a pele clara. O tabagismo também vem sendo associado à doença. Sua forma mais comum é a seca, responsável por 90% dos casos. Apesar de mais prevalente, responde por apenas 10 % dos casos de cegueira atribuídos à DMRI. A forma mais grave da doença, chamada de exsudativa ou neovascular, é responsável por 10% dos casos. Entretanto, corresponde a 90% dos casos de cegueira atribuídos à DMRI. O diagnóstico precoce reduz as possibilidades de evolução para a forma grave da doença.

O tratamento da forma seca é feito pelo uso de vitaminas e antioxidantes orais, que reduzem em 25% o número de pacientes que progridem para a forma grave. A interrupção do tabagismo é fundamental para o tratamento da doença.

Na forma exsudativa o tratamento pode ser feito com aplicações intravítreas de anti-angiogênicos. Este tratamento representa um grande avanço no arsenal terapêutico da forma grave da doença, pois foi a primeira medicação que mostrou ser possível, além de se evitar a perda visual grave e melhorar a acuidade visual em alguns casos.

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