A diabetes atinge cerca de 7% dos adultos entre 30 e 69 anos e, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, chega a acometer até 17% da população com mais de 50 anos. Entre outras implicações importantes na saúde do paciente, a doença também pode afetar a visão.
A retinopatia diabética é uma das causas mais comuns de cegueira no Brasil em pessoas entre 30 e 65 anos. Aproximadamente, 10% das pessoas com diabetes têm retinopatia, o que exige acompanhamento médico ou tratamento.
As flutuações do açúcar no sangue, característica da doença, podem causar alterações na concentração do líquido no interior das células do cristalino, nome dado a uma lente natural localizada no interior dos olhos, e causar turvação visual temporária, principalmente se o controle da diabetes não é rigoroso. O diabetes também pode causar catarata em pessoas jovens, ou acelerar o desenvolvimento de catarata em pessoas idosas. Além disso, a lesão na retina pode ser um indicador do aumento do risco de complicações do diabetes em outros órgãos. Após a confirmação do diagnóstico de diabetes o paciente deverá ser examinado anualmente, com exames que incluem a acuidade visual, pressão ocular e o exame da retina, sempre com a pupila dilatada.
Quando as pessoas desenvolvem retinopatia diabética, podem não apresentar nenhum tipo de sintoma na fase inicial da doença, pois, muitas vezes, a lesão afeta a retina em uma área distante da área central da visão, daí a importância da avaliação precoce oftalmológica, a fim de evitar estágios avançados da doença. Confirmado o diagnóstico de retinopatia diabética, o paciente será encaminhado ao especialista chamado Retinólogo para fazer os exames específicos e decidir o melhor tratamento.
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