O nome da planta da qual o chocolate amargo é extraído, o cacaueiro, já diz tudo: alimento dos deuses. Não só pelo sabor incomparável, que há milênios encantou os maias e astecas e continua fascinando gerações. Trabalhos recentes apontam que este alimento é rico em flavonoides, antioxidantes que proporciona uma melhora na performance visual e cognitiva.
Pesquisadores da University of Reading, na Inglaterra, mediram as habilidades visuais e de detecção de movimentos em 30 adultos saudáveis duas horas depois de terem consumido chocolate (amargo ou branco). Os efeitos sobre a visão foram medidos por testes de sensibilidade visual ao contraste de detecção de movimentos. A performance cognitiva também foi observada por meio de testes de memória visual de locais. Os pesquisadores registraram os resultados e, uma semana depois, repetiram o experimento com os mesmos 30 indivíduos, só que desta vez eles trocaram os chocolates.
Os pesquisadores perceberam uma melhora na performance visual e cognitiva dos indivíduos que consumiram chocolate amargo. Os indivíduos que consumiram chocolate branco não tiveram um aumento real em seus testes de desempenho. O chocolate amargo contém antioxidantes a partir flavonoides do cacau, enquanto o chocolate branco contém apenas vestígios desses antioxidantes. Isso sugere que em menos de duas horas os flavonoides podem melhorar temporariamente certos aspectos da visão e cognição.
Dessa forma, os pesquisadores acreditam os flavonoides aumentam o fluxo sanguíneo dos olhos e cérebro e que é isso que leva a um melhor funcionamento dessas estruturas. Os autores explicaram que os resultados do estudo demonstram pela primeira vez que o desempenho em testes de função do sistema visual em jovens e adultos saudáveis pode ser melhorado através do alto consumo de flavonoides.
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