Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a incidência da síndrome do olho seco, salta de 10% para 20% no verão entre trabalhadores que abusam do ar condicionado em ambientes fechados e sem ventilação.
Nessas condições o ar se torna muito seco e até quem tem produção normal de lágrima pode sentir algum desconforto ocular. A exposição diária ao ar seco pode fazer com que este incômodo progrida para uma alteração crônica do filme lacrimal. A situação fica ainda pior para quem trabalha o dia todo no computador, já que piscamos menos e a posição dos olhos facilita a evaporação da lágrima.
A síndrome do olho seco é a mudança da qualidade ou quantidade em uma das três camadas da lágrima – oleosa (externa), aquosa (intermediária) e proteica (interna). A baixa umidade dos ambientes refrigerados provoca a evaporação da camada aquosa. Sem lubrificação, os olhos ficam mais vulneráveis a inflamações e infecções. Dados da OMS mostram que a higiene precária do ar condicionado facilita a proliferação de vírus, bactérias e fungos em 30% das empresas instaladas no Brasil.
Os principais sintomas da síndrome do olho seco são: olhos vermelhos, sensação de corpo estranho, ardência, coceira e visão borrada.
Para estimular a produção lacrimal, a recomendação é evitar o consumo de carne bovina, gorduras e carboidratos. O primeiro passo para melhorar a lubrificação dos olhos é beber 2 litros de água ao dia. A alimentação deve incluir as fontes de ácidos graxos encontrados na semente de linhaça, óleo de peixes e amêndoas, além de frutas, verduras e legumes ricos em vitaminas A e E.
Nas atividades que exigem concentração visual como o uso de computador, o ideal é posicionar a tela 30 graus abaixo da linha dos olhos, fazer pausas de 5 minutos a cada hora de trabalho e piscar voluntariamente.