Desde o dia 27 de julho, nadadores brasileiros têm usado um equipamento que chamou bastante a atenção. Um par de óculos que emite uma luz verde e mais parece saído de um filme de ficção científica.
Produzido na Austrália e nos Estados Unidos, o Re-timer, nome comercial do aparelho, foi desenvolvido originalmente para combater distúrbios e regular o sono, e é normalmente utilizado por profissionais que costumam trocar os horários de dormir. Pela primeira vez está sendo usado para melhorar o desempenho esportivo.
Com provas marcadas para começarem a partir das 22h na Rio-2016 devido à pressão de redes de TV norte-americanas, o fisiologista Marco Túlio de Mello, que encabeça o projeto conjunto entre o Comitê Olímpico Brasileiro e o Instituto do Sono, tem adotado o uso do equipamento para “enganar” o corpo dos atletas para diminuir o cansaço dos treinos e, posteriormente, das provas.
Como uma função fisiológica, preparar o organismo dos atletas para as competições noturnas, eles usam por 30 minutos, a partir das 19h – ou seja, três horas antes de caírem na piscina.
Segundo o médico, a ideia dos óculos é retardar a queda de temperatura do corpo do atleta, que tem hábitos de sono diferentes.
O equipamento é só um dos artifícios usados no programa do fisiologista. Os atletas têm acordado e dormido três horas mais tarde do que o habitual. Logo depois de saírem da piscina, eles ainda deixam o local usando óculos escuros comuns – segundo o fisiologista, para que o corpo receba a mensagem que é hora de dormir.
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